Conceitos Fundamentais em Psicanálise

A Pulsão

Freud descreve seu modelo como o prazer da criança em beijar sua própria boca, que logo decorrerá em beijar a do parceiro sexual, quando esse prazer for transferido ao campo do Outro; mas sempre permanecerá um resto autoerótico. Cada pulsão encontra seu ponto de partida nas funções corporais de autoconservação, para logo se tornar independente: da necessidade de alimento sugando o peito materno à sucção em si, o uso da chupeta ou do dedo.

Tudo ocorre como se o corpo se transformasse em fonte de uma satisfação autônoma, origem de todos os “vícios” e compulsões. A diversidade das fontes somáticas da excitação implica que a pulsão sexual não se encontra unificada desde o início, mas, sim, fragmentada. O corpo parece conter ilhas independentes que se satisfazem localmente.

No decorrer do desenvolvimento, produz-se maior integração com predomínio do genital; porém, será conservada, em parte, a parcialidade do prazer autoerótico.

Fonte: Tudo O Que Você Precisa Saber Sobre Psicanálise – Silvia Ons
Páginas: 57 e 58