Análise Psicanalítica do Filme
O pai que move montanhas
Se você não suporta frustração ou é daqueles que fica a espera de final felizes: NÃO ASSISTA ESSE FILME!
É impressionante a crítica negativa do público devido aos pontos que relatei acima.
Vivemos em uma época que se busca a satisfação a todo momento, mesmo que para isso seja necessário criar falsas expectativas.
O filme, em questão, traz o drama de um pai e uma mãe que estão em busca do filho desaparecido nas montanhas da Romênia, baseado em fatos reais.
Com um olhar psicanalítico, diante da trama nos perguntamos:
• Até que ponto uma mente obsessiva se perde na fixação de obter um resultado, mesmo que este se apresente impossível?
• Um narcisista é capaz de se transformar devido a uma grande dor?
E por fim, gostaria de pontuar, como exemplificação no filme, como a compulsão à repetição se realiza de forma inconsciente.
O protagonista (em meu olhar) sente culpa por ter abandonado o filho perdido quando este era pequeno, por isso a busca incansável.
Contudo, ao tentar sanar um erro do passado, acaba repetindo o mesmo erro com o filho atual.
Se você quiser ver um filme com um olhar clínico, buscando aprender sobre estruturas e conceitos psicanalíticos, super indico o filme.
Existe muitos outros conceitos que podemos extrair, além dessas que pontuei, evitando um texto muito extenso.
Contudo, se já assistiu comenta aqui nos comentários quais outros conceitos você identificou na trama.
Joseane Pires
Psicanalista