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Um Distúrbio de Memória na Acrópole (1936)
Um Distúrbio de Memória na Acrópole (1936)
Uma carta aberta a Romain Rolland por ocasião de seu 70° aniversário. Quando Freud se postou na Acrópole e olhou o panorama a seu redor teve um pensamento surpreendente: «Então, tudo isto realmente existe, exatamente como aprendemos na escola!»
A situação psíquica, que parecia tão confusa e tão difícil de descrever, pode ser esclarecida satisfatoriamente presumindo-se que, na ocasião, Freud teve uma sensação momentânea: «O que estou vendo aqui não é verdade».
Tal sensação é conhecida como «desrealização». Trata-se de fenômenos notáveis que ainda são mal compreendidos. São chamados de sensações, mas obviamente constituem processos complicados, ligados a conteúdos mentais e dependentes de decisões tomadas a respeito de tais conteúdos.
Tais fenômenos possuem duas características gerais: A primeira é que todos eles servem a um objetivo de defesa; visam a afastar alguma coisa do ego, a repudiá-la. A segunda é sua dependência do passado, do reservatório de memórias do ego e de experiências angustiosas anteriores que talvez tenham sofrido recalcamento.
Fonte: Sinopses das Obras de Freud
Páginas: 308